sábado, 24 de março de 2018

Rua José Marques Garcia



Dr. Agnelo (E), Leonel Nalini (D), com minha irmã Neiva e sobrinha Cristina
     Trazemos uma poesia do dr. Agnelo Morato que se chama História da Nossa Rua, e é nossa mesmo, foi na rua José Marques Garcia que me dei por gente, nasci nos fundos da fábrica de Calçados Mello, quase na ponte da rua Voluntários da Franca.




     Ele canta em versos a Casa de Saúde, o Lar da Velhice, o Pestalozzi, enfim, a vocação assistencial da rua que homenageia quem começou tudo isso.
Fundação Pestalozzi

Allan Kardec, a casinha foi onde morei anos, n. 411



     Mas foi na José Marques Garcia que brinquei, cresci, joguei bola na rua que ainda era de terra, até 1957, quando foi asfaltada.
     Quando sai dali a primeira vez o mundo perdeu um pouco do romantismo, afinal nossa casa foi um bom tempo de chão batido, banheiro no quintal, sem energia elétrica, tudo isso veio já quase adulto, mas é de lá que lembramos.

Leonel e Maria Nalini

     Dona Maria e seu Nelo eram muito queridos por todos, casa de preferência dos primos para buscar a "paz", como eles diziam, isso minha mãe nunca negou para ninguém, os bons fluídos que lhe sobravam.


domingo, 18 de março de 2018

Parabéns Happy Birthday - Nicole Pesce


Toque na seta do vídeo abaixo para ver seu presente!




Parabéns para você... saúde e paz!

Como este vídeo te desejo felicidades para os próximos 364 dias, depois volto para renovar!


Nicole Pesce





Esta surpreendente pianista americana toca o Parabéns a Você - Happy Birthday improvisando diversos compositores clássicos tradicionais, como Beethoven, Chopin, Johannes Brahms, Bach, Mozart, nesta ordem, mas o espetáculo maior fica para o fim.

Não vou adiantar para não tirar a surpresa, mas ela relembra uma cena do cult movie Amadeus, onde Mozart toca uma música - de seu invejoso desafeto Salieri - num arranjo muito melhor do que o da forma composta, uma humilhação ... 

Mas veja você de que forma ele tocou e a Nicole reproduziu, no fim do vídeo, imperdível!

Site da Nicole:
http://www.nicolepesce.com

sábado, 17 de março de 2018

Escola Normal Livre de Franca (dona Nenê Ewbank Baldijão)

   
     História pura, 1958 - Bodas de Prata dos professores formados na Escola Normal Livre de Franca. Para variar o ótimo orador do dia foi o dr. Baldijão Seixas (veja abaixo), entre os mencionados na importância da escola na fala do valoroso tribuno: Homero Alves e Torquato Caleiro, benção dada pelo frei José Pinto.
     Participaram do evento de comemoração: Fernando Faleiros de Lima, prof. Clóvis Ribeiro Vieira, dr. João Marciano de Almeida, dona Maria da Glória Marcondes Vieira, o então secretário sr. João Menezes de Lima e os funcionários João Maiotte e Henrique Gomes.
     Como o recorte está em duas faces do álbum (livro antigo de contabilidade), vamos reproduzir os nomes da foto de 1933 que podem estar ilegíveis, da esquerda para a direita:
Primeiro plano, sentadas no térreo: Maria de Lourdes Forster, Antonia Silva Gomes (Pequenina), Alaíde Maciel de Castro, Cearina Ribeiro Bueno e Hildeman Martins.
     Segundo plano, sentadas: Luiza Custódio da Silveira (falecida), Geni Guimarães, Ésperia Bulhões, Joana Diogo de Oliveira, Maria Eufrila Ewbank (Nenê )(*) e Gisela Faria de Oliveira.
     Terceiro plano, em pé: Corália Caleiro Lima (falecida), Maria Amélia Rosa Barbosa, Iracema de Freitas, Ana Valle (falecida), Alzy Fernandes, Anita Borges Fortes Moniz, Olívia Corrêa, Diana Alves e Orestina Oliveira.//Ao fundo em pé: Arthur Ewbank e João Andrade Sobrinho (Tenente).

Escola Normal de Franca


     A Escola Normal Livre de Franca foi instalada oficialmente em 02 de fevereiro de 1928. Atualmente no edifício encontra-se a Escola Estadual de 2º Grau Torquato Caleiro (IBGE). O homenageado com o nome da escola estava na festa.

     A menção "falecida" na legenda dos nomes, se refere ao fato das comemorações das bodas terem acontecido em 1958, quer dizer, formaram-se em 1933 e à época da solenidade tinham falecido, com 42 anos, mais ou menos (veja abaixo o cálculo das idades).

     É possível fazer facilmente as contas, mas não custa lembrar que a reportagem e as bodas foram no fim do ano de 1958, ou seja, há 59 anos, a formatura em 1933 foi há 84 anos, e se dona Nenê (veja abaixo) tinha 100 anos em 2016, esse grupo teria uma idade média de 17 anos na foto (1933 - 1916 = 17 anos).

Dona Nenê Ewbank Seixas

Foto da família publicada no Grupo Apaixonados Por Franca (acervo Patrícia)

    Dona Nenê Ewbank (esposa do dr. Baldijão Seixas), certamente foi um dos destaques entre os formandos, viveu até os 100 anos (junho de 2016), tivemos oportunidade de conhecê-la nos anos 1960 e depois conversamos com ela em uma promoção da Patrícia.

     As fotos abaixo foram publicadas no Jornal Comércio da Franca, cedidas pela família, na segunda abaixo um flagrante de seis gerações.

Foto realmente histórica



     Na foto do acervo dos álbuns de recortes de meu pai em 1973, Leonel Nalini, não tem como precisar a data do falecimento de dona Adélia, progenitora do dr. Baldijão, mas o flagrante é muito representativo, ela e algumas de suas bisnetas.


Mais história de dona Nenê


http://www.jornaldefranca.com.br/morre-dona-nene-ewbank-com-100-anos-de-idade-e-chefe-de-tradicional-familia

sexta-feira, 9 de março de 2018

Relógio do Sol, a maior expressão da história de Franca

Veja a hora nos dois relógios (foto minha)
Segundo o IBGE o Relógio do Sol é a maior expressão da história francana, tem outras representativas, vamos aborda-las futuramente neste blog, todas que tiverem registro.
Mas o relógio tem tudo que se espera de um monumento histórico, é raro, assistiu uma grande parte da história da cidade e tem o reconhecimento da população.
Com exceção da matriz, que já é um outro tipo de monumento, ele o símbolo mais fotografado em todo município.
Por sorte não teve mesmo destino da Água da Careta, é hoje - sem dúvida - o maior símbolo histórico da cidade. Dá um frio na barriga quando vemos que ele é protegido só com uma gradinha.

História do Relógio do Sol


Olha ele aí.... acompanhando a construção da futura Catedral

Começou a ser construído em 1886, mas foi inaugurado em 11 de abril de 1887, é tombado pelo Condephaat, e foi construído pelo francês Germano de Annecy (guarde este sobrenome). Segundo o próprio IBGE, só na cidade que o padre nasceu, claro Annecy, na França tem um igual.
O instituto ressalta que o monumento sempre motivou trabalhos e teses escolares e que é um destaque não só para Franca, mas também para toda região, "proporcionando um aprofundamento mais detalhado sobre a cultura e história de Franca".
         
        Com seus 135 anos, na praça Nossa Senhora da Conceição ficou observando a cidade crescer e se modernizar, assistiu, por exemplo, a construção da igreja Matriz, que dá nome à praça, a catedral. Ficou só observando tudo crescer em sua volta, de onde está dá para dar uma espiada no calçadão que levava aos cinemas e para o hotel Francano e até no marco da cidade, na praça Barão.
Testemunhos, desfiles, fatos históricos importantes, a inauguração do primeiro arranha-céu da cidade o edifício Franca do Imperador. Certamente deve saber quem foi o primeiro a desfilar no centro com seu carro moderno, antes só arremedos ou semoventes (burro, cavalo).
Sempre ficou ali esperando que o Sol passasse de todos os quadrantes, desafiando cada transeunte a saber que horas eram, poucos acertaram.
Até o saudoso primo José Piola (foto acima) não dispensou esse ângulo da foto acima.
Ele não fornece só as horas, mas também outras informações, entre elas as estações do ano.

Vila Franca


Foto de um recorte dos álbuns de meu pai datado de 1956,
não se tem como precisar quando esta arte gráfica foi feita,
mas vemos que o autor foi Alcebíades.

Em 1821, é criada por Dom João VI a "Vila Franca Del Rey", que só foi instalada em 28 de novembro de 1824, sendo o primeiro presidente da Câmara Municipal o Capitão José Justino Faleiros, empossado junto com os demais vereadores em 30 de novembro de 1824. Com a independência do Brasil, passa a se chamar Vila Franca do Imperador, uma homenagem a D. Pedro I. 

Postal, Cariolato


Curiosidades:




Quando o relógio foi inaugurado a cidade de Franca tinha só 53 anos, uma espécie de filho temporão, somados aos anos que ele existe temos uma Franca com seus garbosos 197 anos.
Estamos prontos para o bicentenário?
Isso não sei, sei que tenho bastante coisas do centenário e vamos postar aqui oportunamente.

Jubileu do Amendoim


foto Divaldo Moreira GCN
Jubileu dando aulas sobre o relógio.
foto Museu da Pessoa











Você se lembra que o Jubileu do Amendoim(1937-2014)?
Seu filho vende amendoim salgadim, torradim até hoje, principalmente nos jogos de basquete.
Pois é, poucos sabem que ele fazia, com perfeição, réplicas do Relógio do Sol, na sua origem humilde e simplicidade dava aulas de como olhar as horas e minutos no original e nas suas réplicas.
Tive a sorte de ter muitas aulas com ele. Nem vou dizer que o Jubileu era meu amigo, pois de quem que ele não era?
Reproduzo endereço para duas matérias, sobre isso e sobre ele (excelente, do Museu da Pessoa), no final dessa postagem.

Annecy

Em qualquer pesquisa que se faça chegaremos ao padre francês Germano, do que? De Annecy, ok my key.
Aí está, sempre foi comum em muitos povos dar o nome da cidade como sobrenome. Então o seu sobrenome era "de Annecy" porque Germano nasceu lá.
Vamos então para Annecy, buscar o irmão único no mundo do nosso relógio francano, pelo menos é que o dizem todas as fontes pesquisadas:
E, surpresa!!! São parentes, mas nunca irmãos, é só comparar nas fotos abaixo. A irmandade é atribuída ao fato de ambos terem pedestais que os tornam verticais. E, talvez, na forma de enxergar as horas, estações, etc., disse ao Jubileu que entendi, dá até para ver as horas, mas para por aí.
(Depois dessas afirmações fui informado que Corrêa Neves Jr. o visitou em Annecy, coloco a publicação que ele fez abaixo e fico feliz em ter acertado).

 


Jardin de l'Europe, Monument gnomonique, "L'UNIQUE", réalisé en 1874, par le capucin Frère Arsène (1808-1879) dont le nom est Jean-Marie Dumurgier, ensemble inauguré le 22 juillet 1876
Cet ensemble est formé de trois parties : - un socle  - un piédestal - un heptagone étoilé. 


Os franceses o chamam de "único", olhando bem é sim, o que faz do nosso muito mais único ainda, convenhamos, o de Franca é muito mais charmoso, não é?

Não vou traduzir a legenda acima feita lá, creio ser mais romântico entender como ela está.



A fria e montanhosa Annecy, se situa próximo ao Mont Blanc, região dos Alpes, tríplice fronteira entre Itália, Suíça e claro, a França. Lugar de muitas olimpíadas de inverno, principalmente nessa montanha, inspiradora de marca de relógio famoso. Ela é realmente muito antiga, em escavações encontrou-se vestígios de vilas do período da pedra polida (Neolítico). É uma Veneza dos Alpes toda cercada por lago.

Se quiser colaborar, no meu perfil tem o e-mail, para se cadastrar para receber informação das postagens, tem que passar por captcha, para ver se você não é robô. Depois de informar seu e-mail lá no topo do site, tem que ficar clicando em figuras, não funciona em alguns navegadores.

Locais de Pesquisa:


Vila Franca:

Jubileu do Amendoim e os seus Relógio do Sol:
http://gcn.net.br/noticias/338216/franca/2016/11/franca-shopping-retira-relogio-do-sol-feito-por-jubileu-do-amendoim


Excelente biografia do Jubileo feito pelo Museu da Pessoa:
http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/-45870

Dados importantes e científicos do relógio:
https://gcncomunica.wordpress.com/2010/03/23/e-nosso-o-1%C2%BA-relogio-do-sol-do-brasil/ 

Postagem que menciono o relógio de Annecy:
http://michel.lalos.free.fr/cadrans_solaires/autres_depts/haute_savoie/cs_74_annecy_unique.html

Visita de Corrêa Neves Jr. a Annecy:
http://gcn.net.br/noticias/230147/opiniao/2013/11/o-relogio-e-o-cadran


quarta-feira, 7 de março de 2018

Água da Careta

Você conseguiu beber a água dessa fonte, a original? 
Hummmm... temos um problema hem? Ou não tem compromisso para voltar à Franca, ou.... falta um cadinho para ser francano de "boca cheia". Rsss.
Toda vez que vou me reportar para algo histórico, lembro-me de um menino fazendo xixi (estátua) que atrai milhões de pessoas em Bruxelas, na Bélgica. 
Qual a diferença? Eu não vou responder, fica no imaginário, só sei que é um menino que, sozinho e seguramente, faz frente para o turismo inteiro de nosso país, por estrangeiros.

Monumento histórico tem a sua representatividade - por fazer uma marca na linha do tempo do local, o ou ao que se reporta, alguns até por curiosidade, ou se cria a história em torno dele, e olha que nem vou falar nada (hoje) do Relógio do Sol.
A mini estátua belga, que vi com o camisa do Brasil (época de copa), hoje é apenas uma reprodução, já foi roubada e recuperada inúmeras vezes. Regra geral esse tipo de monumento está fechado a sete chaves, com redomas, etc. Aliás é o que sugerimos para a volta do nosso fatídico relógio, esse sim um momento de história sem precedentes.


A Água da Careta

Mas e a Água da Careta? Também envolta em inúmeras polêmicas, se foi. Mas vale afirmar que o registro aqui é de história e não de polêmicas.
Ah.... antes que esqueça, eu bebi dessa água, inúmeras vezes, aliás nasci a uns 100 metros dela, na Voluntários da Franca.



Curiosidades:
Estava escrito na placa de bronze uma quadra de José Ferreira de Linhares, ele ganhou um concurso realizado em 1956, maior razão deste post (veja na foto do MIS acima): 

"Esta é a água da careta, 
tão bela como nunca vi, 
quem beber desta fonte, 
nunca mais sairá daqui"

Isso promoveu uma lenda nesse sentido, em Franca, de quem fosse à cidade das três colinas tinha que beber da água de uma mina no local, que nem saia da "careta", saia de uma serpente um pouco acima, que era a verdadeira "torneira". Seria a Água da Serpente? rsss.
A placa de bronze, segundo uma das publicações que posto abaixo, informa que ela foi doada pelo ilustre dr. Agnelo Morato, pessoa que, certamente, será razão de uma postagem exclusiva neste blog. Grande personalidade. 



O concurso poético

Muitos poetas e escritores da época participaram desse concurso para ter sua quadrinha colocada na placa de bronze: Leonel Nalini, Agnelo Morato, Octávio Cilurso, o icônico Moisés Maia, grande amigo de meu pai, que nunca soube quem seria, José Ortivo Carloni (Gambeva), e até a aniversariante do mês Lucia Helena Garcetti, tem também um Jonas, que, quero crer, seria o dr. Jonas.

És de Franca, assim,  justo orgulho,
que vê, feliz, em seu borbulho,
raios de sol, brilho de Planeta;
beijando a tua "Água da Careta". (Leonel Nalini)



Sou a fonte da "Carêta",
Onde canta o bem-tevi,
Se beberes uma vêz,
Nunca mais sairá daqui. (Moisés Maia)


Curiosamente não tenho a publicação do vencedor José Linhares, sei que meu pai falou o resto da vida desse concurso, parece que não ficou muito feliz com o resultado não. Próprio de quem compete, mas acho que realmente venceu a melhor das que pude resgatar.

Pura corrente de águas cristalinas,
Fio de prata, vives a brilhar!
Tu prendes para sempre às Três Colinas
Todo viajante que a ti provar.  (Lúcia Helena Garcetti)



"Fonte da Careta"
Há feitiço em ti...
Ao beber desta água
Ninguém sai daqui...  (Toriba-Acã, que, na verdade, era Agnelo Morato)


Observo que podem haver outras poesias, essa são as que foram devidamente recortadas e colocadas nos álbuns pelo meu pai.




Lendas

Outra lenda diz que água não era muito potável, tinha gosto, então quem bebia fazia careta, por isso o nome. Nada comprovado, só para registro o ex-prefeito Sidnei Rocha mandou fazer um exame da água, em um de seus mandato e constatou que ela realmente não era potável.
O monumento, segundo consta, foi construído e inaugurado pelo então prefeito Onofre Gosuen, em 1957, e tudo bate, concurso para a quadrinha em 1956, ano seguinte ele seria inaugurado.
As tentativas ao longo dos anos não venceu aos vândalos que insistiram em roubar todas as fontes que se tentou colocar ali, ou em outro lugar.

Resumo: cada um conta a sua história.


Mais informações sobre a continuidade da história da Água da Careta:
http://gcn.net.br/…/ESPECIAL-CARETA,-A-F0NTE-QUE-SEC0U-1134…


Não há referência aos autores das fotos da fonte francana, a do menino estátua belga eu fiz.

sábado, 3 de março de 2018

A fundação do Clube da Saudade da Franca

Quando adotei o nome "Clube da Saudade da Franca" para este blog não se tratava de uma apropriação, mas sim de uma homenagem, afinal eu pude assistir à sua primeira reunião "na noite fria de 28 de julho de 1964", como descreveu aquela terça-feira seu eterno presidente Octávio Cilurzo.
De qualquer forma não há nem haverá nenhum registro de um marca, mas sim um nome que tem que ser só reverenciado e não formalizado.
Cilurzo conta no artigo que anexo que tudo começou com uma inspiração que teve ao ver que havia uma tendência saudosista para o francano, coisa que não só concordo como acho que ainda não mudou, é uma vocação de sua população. Muito movimentos esportivos, artísticos e culturais, até internacionais.
Ele fez uma crônica tocando nesse assunto, a aspiração de formar um clube para cuidar da história francana e valorizar seus poetas e artistas que não eram poucos.
Contou à cronista Patrícia que, não só ficou encantada com a ideia, como o levou ao seu programa na Hertz para contar ao público do que se tratava. 
Ela, Sônia Menezes Pizzo, seria a grande inspiradora do Clube enquanto ele esteve atividade, como Octávio seria seu eterno presidente.
No artigo que colo aqui em forma de foto, ele também exalta a pujança da cidade em todos os segmentos: comercial, industrial, pecuária e agrícola, de uma forma geral, exalta também o ensino, suas escolas em profusão do "primário  às faculdades".




Vamos publicar aqui - em outras postagens - muitas ações do Clube da Saudade da Franca, mas a música acabou por predominar, a valsa francana, que ele dizia ser "notadamente das mais bonitas valsas dêste mundo".
Exagero? Claro, mas altamente permissível, o Conjunto Francano de Amadores ficou em evidência por anos a fio e era o grande elo que segurava a entidade. O maestro Arnaldo Ricardo de Souza realmente encantava a todos, e fez uma serenata memorável, mencionada no artigo abaixo.


Rádio Clube Hertz


Pois bem, muitas solenidades futuras ficariam marcar a fundação do Clube, mas foi realmente naquela terça, na fria Franca, em 28 de julho de 1964, na PRB-5, que ele foi fundado, pelo menos é a que consta na ata do referido artigo.
Tem uma foto perdida nos álbuns de recortes de meu pai, Leonel Nalini, que registra as pessoas presentes no auditório da rádio naquela noite, e outra em forma de recorte de jornal, com o dr. Agnelo Morato presidindo a mesa de fundação.
Veja na foto, no auditório da rádio Clube Hertz, na praça Barão,  meu pai, Leonel Nalini, ele viria a ser o 2.o tesoureiro, está ao lado de Mafaldo Cilurzo que é o primeiro à esquerda, em seguida eu e Erlindo Cesar Morato. Logo atrás do Mafaldo, a poetisa Maria Margarida Nocera Alves e seu marido Paulo, "de chapeuzinho, a Ligia Cortez, jornalista, irmã da Lusinete, falecida, que foi casada com o Ari Balieiro, atrás o Anísio, tinha uma camisaria bem ao lado da rádio, e o prof. Godinho, violinista (Obrigado Lucia Garcetti).
No meio com a mão no queijo Tufy Jorge (do jornal O Francano) e sua esposa Lidia, em seguida Rodolfo Ceraso, esposo de dona Lúcia Gissi, meio que afundado na carteira. Em seguida dr. Baldijão Seixas. Ele, Cirino Goulart e Tufy Jorge comemoraram em suas falas a fundação da entidade saudosista.
Lá no fim, o mais alto é Américo Pizzo, na sua frente, com o inconfundível óculos de lentes grossas, Alfredo Costa, como bem o reconheceu a saudosa Wanira. O primeiro à direita Luiz Puglia, professor, contador, mas também violinista. 






Fundação



Acima: Luiz Baleiro, capitão Júlio José da Silva, padre Jaime Diniz, Agnelo Morato que presidiu a mesa, Francisco Marconi secretariando e a cronista Patrícia. Abaixo ela e o idealizador e futuro eterno presidente Octávio Cilurzo. 


José Chiachiri, o pai, responsável pelo museu da cidade à época, atividade que também mereceria um livro, se é que já não foi feito, também seria um condutor da entidade saudosista que acabava de nascer. De cara já oferece o Museu para, em uma de suas salas, hospedar o Clube da Saudade da Franca, e ali ele ficou enquanto existiu.
Na foto acima vemos, além dos mentores do Clube, Octávio Cilurzo e Sônia Menezes Pizzo, a Patrícia,  ao centro o presidente da mesa de fundação Agnelo Morato, um dos maiores articulistas de nossa cidade, sem contar sua extensa atividade espírita; e à direita escrevendo Francisco Marconi, que secretariou o momento, sua ata está no artigo que publico.
Representando a rádio Luiz Tomaz Balieiro, falecido a não muito tempo, é o primeiro à esquerda, seguido do capitão Júlio José Silva e do rev. Jaime Diniz, que pelo consta deu um tom emocional e poético muito forte ao momento, lendo um texto sobre saudade de Frederico Augusto Schmidt (abaixo), também presente o rev. Luiz Varanda que no fim exalta a ótima iniciativa tomada naquela noite, os dois muito aplaudidos.

Voltaremos ao assunto, certamente. Alguém sabe onde estão as memórias do Clube da Saudade da Franca? Vou perguntar ao museu.


Saudade


Foi o Anjo que passou nesta estrada de noite.
Nem música escutei, antes velho silêncio
Mas veio um ruído dos caminhos,
Vieram vozes arrastadas se chegando.

Olhos me olharam demoradamente
E me viram homem
E sentiram meu coração triste
Minha inquietude e o meu desalento.
Não foi só o vento que afagou meus cabelos
Foram mãos distantes de mortas.
Uma doçura imensa me envolveu nesta entrada de noite…

Augusto Frederico Schmidt








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