sábado, 25 de maio de 2019

Paparazzi eletrônico (DV-51)

Tinha até título a coluna de hoje - A Terra Tremeu, mas a notícia tremeu tanto que se esgotou, depois, pelo que se sabe, por aqui e quiçá no país, são só tremidinhas, não causa muito transtorno. Estamos acostumados, tempos atrás o mundo econômico estava derretendo e a posição oficial foi - “é apenas uma marolinha”.Acabamos de publicar que a Lua estava encolhendo, geleiras derretendo e abelhas ameaçadas, logo em seguida a terra treme em Franca. Ôche.. compramos o megafone?Então vamos tratar de outro assunto, lembrar dos fotógrafos paparazzi, certamente uma profissão que hoje não cresce muito, mas já foi um inferno na vida dos artistas. Os mais antigos ainda não gostam da exposição, mas só alguns, Stênio Garcia teve suas fotos muito íntimas com a esposa vazadas. Ok, ok, diz Nelson Rubens, o que estava fazendo um casal de 83 e 47 anos nus diante de uma câmera, diz ele que foi uma brincadeira e que não sabe como vazou. Em seguida a esposa publica uma foto nua no Instagram. Paparazzi pra quê?Vira e mexe fotos íntimas são vazadas e se pergunta - porque posou? Vai ter a resposta, é íntimo, problema meu, aí vem a dúvida, vazou mesmo?Mas a nova geração explodiu essa discussão, cada famoso está cuidando de, ele mesmo, distribuir os flagrantes e acabar com a mística da foto íntima.São fotos de ilhas com todo mundo à vontade, roupas transparentes e não se preocupe, atrás disso tudo ainda estão ganhando muito dinheiro, já que, em seguida, a turminha da mesma idade vai procurar as tais roupas, shorts, etc. Mas então porque perdemos a princesa Diana por causa dos paparazzi, destino? Pois é, quem visita Paris, ao passar no túnel da Praça de l’Alma, tem o desprazer de ouvir dos guias, foi nesta coluna que a Lady Di e seu namorado o milionário egípcio Dody al-Fayed, morreram. Também causou repulsa, à época (1997) o fato de que os mesmos fotógrafos que os perseguiam fizeram as fotos da princesa no terrível acidente. Uma tristeza, mas não temos mais o que lamentar, o que os fotógrafos fizeram e foram tão criticados, hoje já está quase banal pelo uso dos smartphones e das mídias sociais.

Referência: 51.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 25/5/2019 - (DV-51)


sábado, 18 de maio de 2019

Meia lua inteira (DV-50)

A NASA nos deu uma notícia intrigante: a Lua, nosso querido e romântico satélite, está se encolhendo por causa de seu resfriamento interior, que causa terremotos em sua superfície. Nem vou falar do aquecimento da Terra e as consequências das inundações que o Fantástico mostrou, mas que é triste ver também geleiras milenares derretendo mais do que deviam, é… 
Não é pra hoje, pode demorar, mas o mundo vai acabar, tudo acaba. Vamos avisar com um megafone nas ruas? rss.
Ao divulgar uma notícia dessa temos que ligar o “calma”, são só 50 metros ao longo das últimas centenas de milhões de anos, ou seja, para que nossa rechonchuda vizinha emagreça pra valer vai outro tempo desses, ou mais.
Então ficamos assim, se o mundo não acabar com o aquecimento global certamente acabará com o desaparecimento da Lua, com tantas intrigas e intolerâncias, se é que vamos chegarmos até lá.
A poesia está perdida sem a Lua, ela é parte de nós que se desgarrou na explosão da formação da Terra. 
Não vamos poder chamá-la na fase crescente de Meia Lua Inteira, música consagrada por Caetano Veloso (Estrangeiro), letra de Carlinhos Brown, compositor principiante e já virtuoso em 1989, deixando o ritmo contagiante e indo para a letra não entendemos nada, depois descobrimos que ela se reporta ao berimbau, à capoeira e seus problemas com a polícia, é muito poética e tem sua raiz na Tropicália.
E o Tonho da Lua? Sem ela como vamos falar para os meninos e para o adultos adolescentes, onde você está com a cabeça, na Lua?
Já Cecília Meirelles não seria uma mulher de fases - "Tenho fases como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser só sua”.
E a lua-de-mel? Com as abelhas em risco aumentam os problemas! Abrigamos o termo do inglês honeymoon e dos rituais irlandeses que envolvem uma bebida à base de mel. Mas o termo, como sempre, não tem origem certa, mencionam-se os hindus, os gregos e até a Babilônia, mas sempre tendo como representação a lua como mulher e o mel na inseminação masculina, como o efeito das abelhas nas plantas.

Uma coisa é certa, eu não vou ficar sem a Lua!

Referência: 50.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 18/5/2019 - (DV-50)


sábado, 11 de maio de 2019

Dona Maria, a simples! (DV-49)

Dia das mães, bom para lembrar da dona Maria Nalini, uma vida dedicada à família e a quem precisasse dela, ajudou até na alfabetização de jovens parentes e conhecidos. Por morar ao lado da Fundação Allan Kardec estava sempre envolvida com programas da entidade, como ensinar bordado, sacolas de crochê, entre muitas atividades.Era do tempo que se fazia um quitute e dividia com a vizinhança toda, puro prazer da boa convivência.Mantinha um horta impecável, as verduras produzidas, uma vez colocadas na vizinhança, gerava a receita de uma boa carne de panela. Você já replantou alface? Ciência pura, aprendi, mas nunca achei fácil. Otimista por natureza, sempre acreditava que as coisas iam ficar melhores.Mas também era muito brava, a vara de marmelo tinha lugar de privilégio, como fosse um troféu do último campeonato era ostentada em um dos cantos casa. Aff. Lembro de um enguiço feio dela com um galo caipira, entrava para pegar ovos ele atacava, mas atacava legal mesmo. Um dia ela chegou com um furo na perna, ele conseguiu esporá-la, no dia seguinte tivemos canja, pena que carne de galo é muito dura. Hehehe, mas vamos considerar que eram outros tempos.Quando precisou de ser internada por uns dias para um tratamento, fui visitá-la e… cadê a mamãe? Ela estava, segundo as enfermeiras, passando de quarto em quarto ajudando as pessoas internadas, não parava no dela. Sarou ‘sozinha’.Fazíamos o culto no lar, uma oração em família, coisa simples com 30 minutos - indico para tirar os magnetismos ruins do dia a dia e conquistarmos os bons fluídos universais que até iluminam nossos lares. Em um desses cultos estávamos eu e ela, papai e meus irmão estavam trabalhando, uma hora antes desligou o rádio, diminui um pouco a iluminação e passou a se concentrar. Um cheiro de rosas inundou a nossa casa, no momento da oração a água que estava para fluidificar, pura fé, ficou como fosse madrepérola, com se formassem ondas perceptíveis com a visão, ainda que paradas. Também, uma vez, ao me tocar a cabeça dei um salto, muita energia.Energia que é gerada por gente simples, espiritualizadas, com ambições limitadas às pequenas coisas, que nem precisam ser para elas, podem ser apenas para os filhos e basta.Gente que é conhecida com uma palavrinha tão singela, mãe! Que todas sejam abençoadas.

Referência: 49.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 11/5/2019 - (DV-49)

sábado, 4 de maio de 2019

A natureza, a amizade e os Beatles (DV-48)

        O refrão de uma das canções mais marcantes dos Beatles, With a little help from my friends, diz que, com amigos se vai mais longe.
        A migração das aves, voando em V elas formam um vácuo que produz uma economia de 40% de energia no batimento das asas, ou seja vão mais longe. Elas se orientam pelo sol de dia e pelas estrelas à noite e fazem um rodízio, a que lidera e as demais que voam à frente e recebem mais impacto do vento, quando se cansam, voltam para o fim da fila para descansar. O fato de que, quando uma fica doente e aterriza, outras descem para ajudar no voo futuro, me parece ser lenda, mas é bonita de se imaginar.
    A natureza está repleta de cooperações entre plantas e animais, um instinto que não cansamos de vislumbrar e elogiar. É só notar o que fazem as abelhas pela nossa sobrevivência. Einstein alardeou “se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana”. 
        O Livro dos Espíritos observa "pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor”, e também que ainda não compreendemos a natureza de Deus por termos o espírito obscurecido pela matéria e porque nos falta um sentido. Ops… temos um sentido latente para se juntar aos outros, certamente está no voucher de nossa evolução, tanto no sentido material, como no espiritual.
        A solidariedade e a amizade são muito enaltecidas por todos que divulgam mensagens de auto-ajuda nas redes sociais, até as colocam como um dos fatores principais para se evitar a depressão, ou seja, todo tempo que investimos no relacionamento sadio, deixamos de fazer reflexões muitas vezes sobre nada.
        Mas está claro que temos muito a desenvolver, não só pela proteção da natureza, mas também pelo necessário investimento na caridade e pela tríade liberdade, igualdade e fraternidade.
        A coluna de hoje é dedicada aos amigos Carlim e Vera, que nos deram um relógio que reproduz na hora certa o canto de um pássaro. O par que é símbolo do “com amigos vamos mais longe”, agora é lembrado de hora em hora. Tanto eles, como nós, gostamos muito dos Beatles.

Referência: 48.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 4/5/2019 - (DV-48)