domingo, 17 de junho de 2018

Leonel Nalini - 70 anos depois (DV-01)

    Os primeiros artigos que encontrei  de meu pai, o saudoso Leonel Nalini (Nelo), foram de 1954, mas ela já assinava como “membro da API”, que era a Associação Paulista de Imprensa. Ele tinha uma prática que salvou quase 30 da nossa história com seus recortes.
    O apelido Nelo origina-se no sotaque italiano de meu avô, Francisco Nalini, que chamava meu pai de Leonelo, seguido de um “vieni qui”, para um reprimenda, é claro. Esse sotaque fez coisas… minha tia Alzira, que teria que ser registrada com esse nome em 30.09.1904, acabou por ser registrada como “Agira”, 
    É só ver que o coitado do cartorário não conseguia entender o Algira, que na verdade era Alzira, e  acabou por ser registrada como Agira, coisas da migração italiana para o Brasil. Ela viria ser a segunda esposa de Pedro Piola, que anteriormente havia se casado com Dolorida Nalini, uma outra irmã de meu pai que faleceu jovem. Ele a duas são responsáveis pela enorme família Piola, em Franca.
    Meu avô tem suas histórias, está até no livro de memórias do jornalista Paulo Duarte, tinha uma chácara perto dos Calçados Samello, foi um dos primeiros pintores da cidade e lanterninha do cine Santa Maria, na praça Barão.
    Mas porque essa volta toda?
    Para dizer que a saga de ser um colaborador de quase todos os jornais de Franca, desde antes da década de 1950 era do Nelo Nalini, nunca exerceu como profissão mas tem muitos registro, muitos mesmos.
    Os dois principais periódicos que constam seus artigos e crônicas próximo de 1950 são  O Francano e A Nova Era, o primeiro propriedade do jornalista Taufic Jorge, o ilustre Tuffy Jorge, francano de primeira grandeza, ficava em frente das bilheterias, na lateral da AEC.
    A Nova Era, que existe até hoje, é um órgão ligado à religião espírita e à Fundação Allan Kardec, por onde meu pai esteve trabalhando por décadas.
    Também colaborei muito com a imprensa francana, fui “foca" na rádio Difusora, ajudando nas transmissões de Verzola, Jovaci, Grego e Renato Valim, fazia muitos plantões. Tive o programa de lançamentos musicais na Difusora AM e depois Franca do Imperador FM, nesta última recebeu diversos prêmios. Mas também tive colunas fixas tanto no Diário como no Comércio.

    Enfim, 70 anos depois, sigamos com o ideal do velho Nelo Nalini, continuar registrando a história francana, desta vez com amenidades e números, aqui pelo Diário Verdade, que desejo longa vida e enorme sucesso.

Amenidades e Números (seria o nome da coluna, que não foi adotado)
Número zero - Publicado no Jornal Diário Verdade - Franca (SP)
Em 15 de abril de 2018

(*) Edição inaugural dos meus artigos para o jornal, que foi publicada com o título de Amenidades & Números (DV-01)

Aqui vamos ilustrar os artigos com algumas fotos.

Legendas das fotos abaixo:

1. Alfredo Costa convoca Leonel Nalini para ajudar a fazer estatutos da futura Associação Francana de Imprensa e Rádio

2. Reunião do Clube da Saudade - Da E p D: Euripedes Maseli, famoso fotógrafo que assina EUMAFE, Alfredo Costa - (não lembro), sr Paulo linotipista histórico dos jornais francanos, seu óculos sempre escuros,  e Leonel Nalini

3. Da E para a D: Minicucci, Leonel Nalini, maestro Godofredo (ao fundo) Maria Nalini, minha mãe, dona Maria Nalini, e Alfredo Costa, além de um dos mais consagrados jornalistas da história francana, foi dono do O Comércio da Franca.

4. Leonel Nalini à frente, com seu genro Edmar Storti, Tuffy Jorge e família , do jornal O Francano

5. Uma de muitas homenagens prestadas a jornalistas francanos.




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