terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Churchill, o senhor das guerras (DV-73)


Winston Churchill (1874-1965) foi escolhido pelos ingleses em uma pesquisa da BBC como o maior britânico de todos os tempos, e considerado como um dos homens mais importantes do século XX. 
Mas nem isso o isentou do efeito das “redes sociais” dá época, que explorou muito os seus defeitos, e o fazem até hoje. Não foi difícil, enfim falar de um político, que também era um senhor das guerras, prato cheio. Morreu com uma derrota de peso, depois de ser um dos maiores articuladores da vitória da 2.a Guerra, perde com os Conservadores as eleições de 1945 no Reino Unido, perdeu feio e sofreu muito por isso.
Os criticos afirmam que ele ficou longe de ser politicamente correto e de respeitar direitos humanos, um verdadeiro trator que não aceitava muito os indianos, privilegiava os brancos e até teria cometido crimes de guerra.
Ainda mais quando ele sai com essa para uma moça: - Eu posso estar bêbado, mas pela manhã eu estarei sóbrio e você continuará sendo feia.  Imagina só, nem vou falar na questão recente que envolveu a beleza de uma mulher, não tenho esse parâmetro e estamos falando de Churchill!  :-)
O que realmente chama a atenção é a análise crítica do perfil de um cidadão ganhador de guerras como fosse um pastor religioso, impossível. No fundo penso que ele foi preparado pelo “destino" ao longo da vida, tanto como parlamentar, como militar, para livrar o mundo do nazismo. Era agnóstico? Tinha que ser, ora.
Foi o único estadista na história a ganhar o prêmio Nobel de Literatura, com a edição de Memórias da Segunda Guerra Mundial. Como parlamentar foi presidente da Câmara dos Comuns, aquela que tem o curioso senta e levanta e está decidindo o Brexit, sendo também Ministro da Fazenda.
Sua relação com a rainha Elizabeth está bem documentada em muitos filmes e séries, como os imperdíveis Destino De Uma Nação e a série Crown.
Uma das críticas mais duras foi o de bombardear Dresden, a cultuada cidade alemã, deixando milhares de civis mortos e a destruição de boa parte de um riquíssimo patrimônio cultural barroco. Acusado de crime de guerra ele questionou - e as mortes dos civis ingleses causadas pelos nazistas? Em guerra ninguém ganha. 

Referência: 73.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 26/10/2019 - (DV-73)

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