sábado, 8 de setembro de 2018

De volta para o passado (DV-04)

       Não tem nada que nos empolgue mais, no ramo da ficção, que projetar o futuro, motiva-nos também imaginar que a Criação já tem tudo programado e nós só seríamos protagonistas, esperando o futuro chegar. O volume de filmes que trata disso é a maior prova, não tem uma semana que um lançamento não trás algo que ainda não existe.

       E olha que, de tanto prever, muitos acabam acertando, meu pai dizia, nos anos 1950, “um dia teremos um telefone que mostrará a imagem de quem está falando conosco”, e olha que ele convivia com o telefone da Fundação Allan Kardec, onde girava-mos uma manivelinha e pedíamos para a telefonista ligar para algum lugar, isso quando não tínhamos que marcar hora com a pessoa do outro lado. Detalhe, o orelhão na rua ainda nem foi totalmente desativado.

       Ter alguém para te ajudar no equipamento com o comando de voz - veja a SIRI da Apple - foi algo bem marcante no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), do Kubrick, aliás protagonista dos poucos diálogos do filme, a estação orbital também é antecipada, e o uso de tablet é coisa corriqueira no filme.

       Apesar de ainda não produzir humanos, o filme Mulher Nota 1000 (1985), de John Hughes, dá detalhes da impressão 3D tão utilizada, e olha que ainda de forma primária no que vai conquistar. Espetacular o uso de drones pelo Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron. Que BBB que nada… O Show de Truman (1998), de Peter Weir, já antecipava como milhões de pessoas adoram bisbilhotar a vida alheia, ao vivo e a cores, pela televisão, foi um dos primeiros reality show.

       Recentemente a Apple divulgou um caso de que um rapaz que, de tanto o relógio avisar que seu batimento do coração estava alto, ligou para um amigo, que sugeriu uma passadinha no atendimento médico, que o levou à cirurgia imediatamente e salvou sua vida. O smart watch foi muito utilizado em Dick Tracy (1990), de Warren Beatty, coisa corriqueira para o personagem James Bond - 007, que se servia de muito mais acessórios futuristas desde 1962, no Satânico Doutor NO.

       O projeto de Cidade Limpa, consagrado em Ribeirão e em São Paulo, teria um colapso na previsão de enormes painéis de Blade Runner (1982), apesar do choque visual vamos colocar como exceção o encanto do Time Square, em Nova Iorque, e do Piccadilly Circus e em Londres. Do De Volta Para o Futuro 2 (1989), de Robert Zemeckis, os jovens estão aguardando os skates voadores, mas tem quem já está satisfeito com a jaqueta auto secante e muito mais com o combustível sustentável, já em utilização em larga escala.

       E o futuro? As profissões certamente se modificarão, serviços rotineiros e repetitivos já eram, os robôs farão, isso nem é novidade mais, mas isso se recrudescerá com o avanço da automação, eu me lembro do susto que foi quando o Magazine Luíza inaugurou seu CPD, ia causar “inúmeros desempregos”, o futuro está por conta do Faustão, no Show dos Famosos, veja o tamanho dessa empresa depois disso e quantos empregos foram gerados não só com a automação mas também pelo uso da Internet. Outra ficção é que loja eletrônica tira empregos.

Vamos voltar para o futuro, o assunto é intrigante demais.

Referência: 4.a coluna publicada no Diário Verdade, jornal de Franca - SP - em 24/05/2018 - (DV-04)

Observação:

1. Posto esta coluna em 8 de setembro de 2018, com o anúncio que a Amazon, assim como a Apple, atinge o seu valor em mais de US$ 1 trilhão, 

2. A grande Maçã anuncia seu relógio sem bordas copiando a técnica do iPhone X, entre outros avanços de tecnologia.

Painéis do Piccadilly Circus em Londres, já vistos em Blade Renner




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