sábado, 27 de outubro de 2018

Francal cinquentona (DV-10)

Normalmente cada um conta sua história de um evento, vou contar a minha da Francal.
Não me lembro bem como ela era a sua primeira edição, realizada no prédio que é o da Prefeitura hoje, em 1969. Primeiro uma curiosidade, se ela começou em 1969, como está completando 50 anos? Não é o ano que vem?
Mas me lembro muito da 2.a que se efetivou no Palmeirinhas, quem se esquece de 1970, ano que ganhamos a 3.a Copa do Mundo, a Jules Rimet veio definitivamente para o Brasil, e por aqui ficou, até ser furtada e provavelmente derretida!
Quando ela foi para São Paulo, em 1983, então na sua 14.a versão no Hotel Hilton, eu era seu assessor de imprensa, Miguel Heitor Bettarello, presidente corajoso que inverteu a linha de declínio levando-a para um dos maiores centro de negócios da América Latina.
João Batista, meu chefe, Patrícia relações públicas, aliás comemorando 50 anos nessa atividade, seu Américo Pizzo secretário e equipe muito amiga.
Três coisas são inesquecíveis, além da ótima amizade usufruída pela equipe daquele ano, uma foi o fato de ter acompanhado, por quase um dia inteiro, o repórter Ernesto Paglia para uma longa reportagem sobre a feira, se minha memória não falha acabou editando um Globo Repórter.
Certamente atendemos toda a mídia paulistana, mas ficou difícil escapar da gozação orquestrada pelo Miguelito no rádio transmissor que tínhamos… “Nalini, a Globo chegou”, pela atenção dada ao Ernesto.
A outra foi ter acompanhado, em parte da visita, o então governador Franco Montoro (1916-1999) recém empossado, a visita à Francal foi uma das primeiras aparições públicas do político no seu primeiro mandato.
Mas, o que não dá para esquecer, como disse a feira estava sendo realizada pela primeira e única vez na forma vertical, em um hotel, nossa secretaria era em uma sala no subsolo do Hilton, por ali eu e o seu Américo - saudoso marido da Patrícia, ficávamos por horas, ele secretariando e eu produzindo notícias, muitas, afinal estávamos em São Paulo.
Numa dessas noites a Patrícia chega na sala, esbaforida, de hobby, sem perder a elegância, é claro… e lança a seguinte frase: -  “O que vocês estão fazendo aqui? O hotel está PEGANDO FOGO!!!”.
Não lembro bem como chegamos à porta do hotel, mas me lembro que, ao chegar lá, tinha uma moça muito capaz, relações públicas do hotel, cortando a notícia na raiz, que já espalhava pela capital:
- Acalmem-se um exaustor da cozinha entrou em combustão, que foi rapidamente apagado, mas a fumaça se alastrou por todo prédio e deu impressão de fogo em todo prédio. Nem uma linha sequer saiu no dia seguinte.
Aí a estória se divide em duas, se fosse fogo mesmo e seu Américo não tivesse lá, estaria eu hoje realmente nessa triste história? A real é que não era nada e tive a vida salva pela Patrícia. Só rindo. 

Referência: 10.a coluna publicada no Verdade, jornal diário de Franca - SP - em 21/7/2018 - (DV-10)




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