quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O jogo e o trono (DV-13)

A série televisiva que mais causou impacto nos últimos tempos, sem dúvida nenhuma, foi a Game of Thrones, no ar desde 2011, com dez episódios por ano, só a temporada do ano passado teve produzidos apenas 7 episódios. A última temporada, prevista para o ano que vem (2019), tem apenas 6 capítulos previstos, os fãs já choram seu fim.
Acompanhar séries tem também suas pegadinhas, uma outra super produção, a Marco Polo, com duas temporadas de 10 episódios cada uma, foi cancelada no seu desfecho, com US$ 200 milhões de prejuízo. Maior prejuízo tiveram os assinantes da Netflix, foi uma produção e tanto, se tivesse fim, seria imperdível. Mas quantos filmes ‘sem fim’ já assistimos? Rsss.
Hoje tem série para tudo quanto é gosto, com qualidade fantástica, algumas já em 4K, troca de corpos, canibalismo… nessa a Santa Clarita Diet é ousada, indo para sua terceira temporada, parece que agradou, não assisti.
Também ousada e com um enredo de primeiríssima qualidade, situando-se na medieval alta Escócia - Celta, Outlander é densa e envolvente, daquelas produções que reúnem um pouco de tudo, bruxaria, romance, guerra, intrigas, belas locações e boa trilha sonora, aliás a magnífica música de abertura da novela Que Rei Sou Eu, lembra muito a música de abertura dessa série, assim como se supõe que a novela teve também uma certa inspiração na Game of Thrones, pelo formato e a quantidade de reinos.
Ainda na linha de histórias no reino unido, quem gosta de acompanhar a vida de príncipes e princesas pode se surpreender com a The Crown, coleciona prêmios Globo de Ouro e elogios pela interpretação de Claire Foy, no papel de Elizabeth II, aliás a série é exatamente sobre ela. Chamou a atenção também o Winston Churchill vivido por John Lithgow. Além dos critérios normais de análise dos críticos, como direção, roteiro e fotografia, destaca-se a precisão histórica.
Antes íamos no cinema para viajar no tempo através da imaginação, hoje isso pode ser feito em casa, com a chance de poder assistir os seriados de uma vez só, capítulos e temporadas.
Nessa viagem temos a mediana (*) Star Trek e a previsível Perdidos no Espaço, ambas aventuras juvenis, mas com a costumeira qualidade. A última revive a família Robinson do seriado dos anos 1960, Lost in Space, ambas de ótima diversão.
Muito vem cotada, recentemente, temos La Casa de Papel, que ainda estamos assistindo, mas é possível também destacar mais duas séries muito interessantes, Black Mirror, que tem a vantagem de ter histórias completamente independentes em cada capítulo, ficção impactante com os modismos - e vícios atuais, como as redes sociais, por exemplo, e a 3%, que é brasileira, essa vale pela curiosidade.

Concluindo duas séries bem distintas, a Designated Survivor, da linha das conspirações americanas, principalmente com integrantes da Casa Branca e seus presidentes, que tem a tarefa difícil de manter o pique - muito bom, da primeira temporada, parece que não vai ser possível, e a canadense Anne com E, essa uma água com acúcar, seção da tarde consagrada, hehehe, mas imperdível para quem gosta do gênero, principalmente pela brilhante jovem atriz principal, Amybeth McNulty e o tamanho do roteiro que colocaram em sua mão.

Referência: 13.a coluna publicada no Verdade, jornal diário de Franca - SP - em 15/8/2018 - (DV-13)

(*) No artigo original atribui o adjetivo de 'mediana' para Star Trek, vou manter, o correto aqui é manter a opinião do dia que escrevi, mas é impactante, um roteiro que deve ser muito difícil de escrever, com línguas alienígenas, que nem sei de onde tiram com essa qualidade, e muuuitos efeitos especias. Vale. (25.4.2019)




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