sábado, 11 de maio de 2019

Dona Maria, a simples! (DV-49)

Dia das mães, bom para lembrar da dona Maria Nalini, uma vida dedicada à família e a quem precisasse dela, ajudou até na alfabetização de jovens parentes e conhecidos. Por morar ao lado da Fundação Allan Kardec estava sempre envolvida com programas da entidade, como ensinar bordado, sacolas de crochê, entre muitas atividades.Era do tempo que se fazia um quitute e dividia com a vizinhança toda, puro prazer da boa convivência.Mantinha um horta impecável, as verduras produzidas, uma vez colocadas na vizinhança, gerava a receita de uma boa carne de panela. Você já replantou alface? Ciência pura, aprendi, mas nunca achei fácil. Otimista por natureza, sempre acreditava que as coisas iam ficar melhores.Mas também era muito brava, a vara de marmelo tinha lugar de privilégio, como fosse um troféu do último campeonato era ostentada em um dos cantos casa. Aff. Lembro de um enguiço feio dela com um galo caipira, entrava para pegar ovos ele atacava, mas atacava legal mesmo. Um dia ela chegou com um furo na perna, ele conseguiu esporá-la, no dia seguinte tivemos canja, pena que carne de galo é muito dura. Hehehe, mas vamos considerar que eram outros tempos.Quando precisou de ser internada por uns dias para um tratamento, fui visitá-la e… cadê a mamãe? Ela estava, segundo as enfermeiras, passando de quarto em quarto ajudando as pessoas internadas, não parava no dela. Sarou ‘sozinha’.Fazíamos o culto no lar, uma oração em família, coisa simples com 30 minutos - indico para tirar os magnetismos ruins do dia a dia e conquistarmos os bons fluídos universais que até iluminam nossos lares. Em um desses cultos estávamos eu e ela, papai e meus irmão estavam trabalhando, uma hora antes desligou o rádio, diminui um pouco a iluminação e passou a se concentrar. Um cheiro de rosas inundou a nossa casa, no momento da oração a água que estava para fluidificar, pura fé, ficou como fosse madrepérola, com se formassem ondas perceptíveis com a visão, ainda que paradas. Também, uma vez, ao me tocar a cabeça dei um salto, muita energia.Energia que é gerada por gente simples, espiritualizadas, com ambições limitadas às pequenas coisas, que nem precisam ser para elas, podem ser apenas para os filhos e basta.Gente que é conhecida com uma palavrinha tão singela, mãe! Que todas sejam abençoadas.

Referência: 49.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 11/5/2019 - (DV-49)

Nenhum comentário:

Postar um comentário