domingo, 30 de junho de 2019

Sistemas políticos e monarquias (DV-54)

A monarquia certamente não é um modelo interessante para ser adotado, principalmente quando se vislumbra um país novo, que quer ser moderno, e também considerando as exigências atuais do povo brasileiro, que basicamente visa o corte de privilégios. Nessa onda, a França pulou essa parte de corte de privilégios e foi logo para o corte de um monte de cabeças.
Digo da sangrenta queda do último rei, Luiz XVI, e da difícil instauração da democracia francesa, que daqui um mês completará 227 anos.
Antes de analisar monarquias, vamos ao porquê da escolha do assunto.
Ao longo de muitos anos vejo as reclamações no Brasil serem dirigidas às pessoas e não contra o sistema de governo, creio que esse é o ponto, temos milhares de organizações, algumas bem formadas, que buscam a transparência e muitas outras formas de fiscalização às administrações públicas. Creio que elas poderiam mudar o foco.
Veja, nas últimas eleições, convenhamos, houve uma forte renovação de políticos, principalmente a do presidente da república, mas a primeira declaração contundente que ele fez foi “o que eu estou fazendo aqui”?
Depois, em entrevista à revista Veja confessou: - “Já cheguei muitas vezes chorando em casa”. Depoimento que não é muito diferente de outros presidentes, principalmente de Fernando Henrique Cardoso, que já colocou seus sucessos e decepções em livros. Resumo, nossos dirigentes levam um susto quando recebem uma máquina do tamanho do Brasil para dirigir.
O legislativo também foi fortemente renovado, então o que está errado, são as pessoas ou é o modelo?
Foi nesse momento que me lembrei de monarquias antigas que dão certo até hoje, caso do Japão, Noruega, Dinamarca e Suécia, por exemplo. Não excluo a inglesa, que também vai muito bem, obrigado, mas está com um parlamento que chafurda em um já fracassado Brexit.
Mas os outros quatro países transitam por todas as estatísticas de mais desenvolvidos, tanto por qualidade de vida e de ótimos modelos de educação e ensino, como valorizando muito mais o ser humano do que o consumo.

Nem imagino o Brasil tendo rei ou rainha, mas reitero, chegou a hora de se estudar um novo sistema de governo para a nação, me parece que o atual venceu e ainda não foi retirado da prateleira.

Referência: 52.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 15/6/2019 - (DV-53)

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