segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Chiachiri, mais que a denominação do museu (DV-66)

Minha mãe sempre foi muito rotineira, tudo muito sabido, hora de acordar, hora de estudar, hora de brincar, se juntasse ela e dona Antonieta Barini, avestruz! Essa última todas as segundas e quartas-feiras, 7h05 entrava na sala de aula do IEETC e dictée, ditado na aula de francês, um martírio, rsss.
Também fiquei muito rotineiro, todo domingo, bem cedo, participava da Campanha Auta de Souza, que buscava doações de alimentos em saquinhos de papel e, em seguida, do programa de rádio Sementeira Cristã, com a Yara de Carvalho e a dona Marta. Ai vinha, num período a Pré-Mocidade, de novo com a dona Antonieta Barini e, por fim, um pouco mais velho, a Mocidade Espírita com Olavo Rodrigues, dr. Agnelo Morato, Felipe Salomão, dr. Tomaz Novelino, entre tantos.
Nessa época participamos no Teatro da MEF da peça Está Lá Fora o Inspetor, dirigida pelo Eurípedes de Carvalho, com a sua esposa Rosângela (daí saiu o casamento), Zara Carloni, Ademir Pinheiro, Sidney Barbosa e José Lucas Borges.
Na PRB-5, Rádio Club Hertz, íamos às vezes assistir o programa de auditório a Hora do Guri do saudoso amigo Carlos Grego.
E o Chiachiri? Depois dessa excelente e cronometrada rotina, antes de ir desfrutar do domingueiro macarrão feito em casa, passávamos pelo Museu da Franca, que hoje leva o nome do seu idealizador José Chiachiri, amigo que meu pai prezava tanto, fez uma crônica quando ele deixou a cidade em 1973, “O poeta foi passear”. 
Nunca me esqueci disso, um pouco pela gentileza, mas muito pela tristeza de se deixar a terra natal pela qual você lutou, literalmente em 1932, e vibrou tanto. Franca é naturalmente uma terra muito saudosista e os Chiachiri tem méritos nisso, muitos.
Mas eu acabaria mesmo me tornando um grande amigo de José Chiachiri, o filho, quando ele foi vice-prefeito e eu assessor de imprensa do Maurício Sandoval Ribeiro. Não víamos a hora de chegar os fins de tarde na Prefeitura para nos reunirmos em seu gabinete, era o momento da história, da saudade e de muito humor.

Chiachiri Filho sempre tinha algo novo para contar, até as mesmas piadas eram muito saborosas, um ser humano de primeira qualidade, conseguia reunir inteligência e bom humor, que boa época.

Referência: 66.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 7/9/2019 - (DV-66)

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