A história de Laércio de Franca é muito singela. Antes, é extraordinária, e merece ser aqui lembrada . Sua Orquestra foi classificada como uma das maiores do Estado de São Paulo, reconhecida e admirada por músicos e pelos fãs por onde passava. E digo Embaixador porque o nome da cidade que ele adotou era levado por onde passava. Bailes de formatura, comemorações e eventos importantes, Laércio Piovesan era sempre requisitado.
E o nome Laércio de Franca o acompanhava, em todas ocasiões. Ele faleceu há quase 4 anos, depois de receber do SESC uma homenagem no teatro municipal.
Franca sempre foi lembrada como a terra do Relógio do sol, da antiga Mogiana, dos calçados e do basquete, mas a expressão maior sempre foi Laércio de Franca.
Por ser ele uma figura individual, que venceu incontáveis barreiras até formar sua Orquestra.Marco Antônio Russi foi talvez o maior pesquisador sobre a figura ímpar de Laércio. Em seus relatos, Russi lembra que já em 1.939, ao lado do pai Manoel Piovesan, com apenas 7 anos, Laércio tocava na Banda de Caconde.
Pouco depois já estava no Rio de Janeiro, na rádio Nacional, até que veio para Franca, onde logo foi integrar a Orquestra dos músicos Adalberto Lucas, Raul de Barros e Godofredo e Barros, o maestro Godinho.
Voltou para o Rio de Janeiro, tinha sonhos, tocou na orquestra do Maestro Chiquinho e pouco após na orquestra de Ary Barroso. Era uma realização pessoal.
Até que resolveu voltar em definitivo para Franca, a convite do maestro Emilio Sichierolli. Tudo isso até fins de 1.958, quando nasceu a orquestra Laércio de Franca.
A AEC era o palco perfeito para as brilhantes e concorridas apresentações. Em Franca e por todo o interior e em outros Estados, foram mais de 2.500 bailes, com aproximadamente 200 músicos participando da Orquestra ao longo do tempo. Em 1.962 surgiu a oportunidade de gravar um Long Play, o LP da época.
A última apresentação de Laércio de Franca aconteceu no ano de 1.980, na cidade de Guaxupé, MG. Laércio, sua imagem, suas belas músicas podem ser vista e ouvidas em algum registro, como Moonlight Serenade, no youtube há 7 anos.
Teclado e Trompete eram suas especialidades. Dezenas de colaboradores participaram de muitas iniciativas ao lado de Laércio, como Luiz Justino, baterista que além de ter vivido a experiência de tocar em alguns carnavais, lembra que teve a oportunidade de levar ao maestro vários músicos que tiveram presença marcante a cada tempo. A lembrança do nome de Laércio de Franca pelo jornal Verdade de hoje, é um reconhecimento a tão brilhante personalidade.
Crônica Publicada em 30 de outubro de 2021 |
Duas ótimas crônicas, assim, como sempre o "Clube" vai nos informando e marcando pontos ao contar a História de pessoas que colaboraram com a grandeza de Franca, mas não só, é a própria grandeza do Povo Brasileiro.
ResponderExcluir