domingo, 9 de dezembro de 2018

Andando de lado (DV-28)

Um dos termos curiosos do economês - jargão usado pelos economistas para explicar que não aconteceu nada no dia no câmbio ou na bolsa de valores, não subiu, não desceu, enfim, ficou como ontem, é o “andando de lado”, a alusão é ao caranguejo mesmo. Só que o bichinho chega onde quer, tem o olhar periférico e andar para o lado garante a sua sobrevivência.
Os espiritualistas entendem que isso ocorre quando passamos pela vida e não evoluímos, não crescemos, andamos de lado, ou seja, na grande escola da existência não produzimos nenhuma surpresa positiva Os reencarnacionistas defendem que vamos começar tudo de novo do zero sem os benefício da evolução, credo. 
Tem lógica, se todas as religiões entendem que viemos de Deus e voltamos para Ele, nesse exame não temos que mostrar algo positivo? Se Deus nos criou e também ao Universo, o que devemos ser, um planeta sem brilho ou uma estrela reluzente? O livre arbítrio te dá direito de escolha, através de suas ações.
Outro termo curioso é “bolha", utilizado quando o mercado acelera seus investimentos, se isso passa da medida e a valorização fica superior à real, ops, acabamos de fazer uma bolha, de sabão.
Um exemplo clássico e recente de bolha, foi a aceleração dos preços dos imóveis nos Estados Unidos, a partir de 2006, o mundo inteiro acabou embarcando nessa, há centenas de livros, tem até um cult movie imperdível, A Grande Aposta. Uma outra bolha bem mais antiga foi o das tulipas holandesas, já contamos aqui.
O caso americano rendeu o termo clássico "marolinha", quando uma onda avassaladora derrubou os mercados financeiros no mundo todo. No fundo o então presidente Lula tinha razão, num primeiro momento não afetou muito, mas a manutenção da crise ao longo dos anos, enfraqueceu muito a nossa economia, não recuperamos até hoje. 
Quando você mirar a economia mundial, não tire o olho da China, ela é a nossa grande compradora de comodities, se a coisa ficar ruim nos EUA e na Europa é péssimo, mas se atingir também a China, levante as sobrancelhas.
Um outro termo, esse inglês, que também transita bem é o private equity, são fundos que administram o dinheiro que sobra no mundo e o investe intervindo em empresas promissoras, aquelas que, em tese, uma vez alavancadas, crescerão mais que o normal. Foi o caso do Magazine Luíza e da CVC, por exemplo, os investidores acertaram!

O economês tem também o Realizar Lucros, bem oportuno para fim de ano, lembrando que, quanto mais pessoas participam dos lucros, menos criminalidade temos, não adianta criar bolha egoísta, ela sempre estoura. Franca é uma cidade que tem a caridade no seu DNA, muita gente não precisaria ler isso, mas então o artigo serve para desejar um feliz dezembro, mês incrível dedicado às luzes e à confraternização.

Referência: 28.a coluna publicada no Diário Verdade, jornal de Franca - SP - em 08/12/2018 - (DV-28)

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