domingo, 5 de janeiro de 2020

Setenta! - (DV-82)

Amanhã faço 70 anos, parabéns para mim.
Quando chegamos nessa idade e estamos com a saúde boa temos que comemorar sim, em minhas palestras sempre lembro que as vacinas e os remédios, como os para prevenir diabetes e colesterol, por exemplo, mudaram o sentido de idoso. Coitada da previdência.
Também tem a questão comportamental, os excessos e as faltas podem alterar a nossa longevidade. Os excessos sabemos quais são, não só os vícios, mas também os produtos - mal - industrializados, as faltas são as dos exercícios, tanto os do físico, como os da mente, por exemplo.
Por fim a ambiental, um meio ambiente saudável, com bom saneamento básico e sem doenças endêmicas, como a dengue e suas parentes, ajuda. Em 1919 a vida média era de 34 anos, em um século isso saltou para 76, é muita coisa.
O resumo é que recebemos um corpo para durar muito tempo, não considerando a genética, a missão e o destino de cada um, vamos nos comportando para viver mais ou menos. A regra é - tudo pode, mas nada em excesso.
O cérebro vem preparado para que vivamos “para sempre”, ou um mínimo de 150 anos, mas ou mau hábitos e o ambiente mudam tudo isso, além de ter a armadilha: tudo que você informa para ele - de forma continuada, que gosta muito, ele atende, e depois para largar? 
Então cuidado com o que você induz ao cérebro pensar que é muito legal, ele pode aprender e entrar na do quanto mais melhor. Perigo puro.
As maiores empresas do mundo, principalmente as do Vale do Silício, estão investindo bilhões na longevidade, utilizando a inteligência artificial estão cruzando informações genéticas para detectar possíveis doenças, criando condições de seu tratamento antecipado, entre outras milhares de experiências.
Para os que tem a fé religiosa uma boa notícia, uma universidade de Ohio descobriu,  em uma ampla pesquisa, que a vida pode ter um ganho de até 10 anos para quem frequenta cultos sadios e a desenvolvam. Também é bom lembrar que Jesus disse - eu vim para lhes dar a vida com abundância, então temos uma outra pista para a longevidade, o cristianismo. Mas não esqueça que isso envolve exercer o amor e  a convivência sem rancores.

Parabéns para a vida! 

Referência: 82.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 04/01/2020 - (DV-82)

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