sábado, 7 de março de 2020

A mulher mais amada do planeta (DV-91)

        Se perguntarmos, no susto, qual foi o maior amor do planeta, os conservadores vão responder: Romeu e Julieta, os mais liberais dirão Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater, quem? Ah, os personagens de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet em Titanic.
        O trágico romance de Shakespeare, de 1590, só perde no morrer por amor, a vida não pertencia ao casal, foi dada por Deus para ser preservada, como a nossa. Tirando o  rigor é um conto arrebatador, um dos maiores símbolos da paixão.
As mulheres mais amadas do planeta, será?
        Tristão e Isolda é uma lenda celta (1160), ele, inglês, mata um dragão para conquistar os irlandeses e chegar em Isolda. Ele tinha mais que o não da família, como teve Romeu, ela era prometida para o rei Marcos de Cornualha (hem?). A estória ganhou força quando Tristão é retratado no século XII como um dos cavaleiros da távola redonda do Rei Arthur. 
        Mumtaz Mahal cede aos encantos de Shah Jahan, imperador Mongol e se torna o seu grande amor, só que ela morre no parto do 14.o filho, ele fica realmente muito desolado. Reza a lenda hindu, que ele constrói para ela o que chamam de maior prova de amor do mundo, o Taj Mahal, maravilha mundial, incrustada com pedras preciosas e cúpula costurada com fios de ouro. Muito amor.
        Os argentinos falarão de um amor maior, o de Perón por Evita, que morre de câncer aos 33 anos. Evita se torna um amor de todos os argentinos, cultuada em tangos e museus, amor coletivo, como a Princesa Diane.
        E o amor de Páris por Helena, falso ou verdadeiro? É mitologia, tão forte, que parece que é um conto histórico, como quase tudo da mitologia grega. Ela é raptada por Páris, seu marido não se dá por vencido, e dá início à enorme guerra de Tróia.
        A rainha Victória, perde prematuramente o seu príncipe Alberto, estabelece um luto real de mais de 40 anos, sempre de preto inaugura muitas obras para lembrar o marido, entre tantas o imponente museu Victoria & Albert e a fantástica casa de espetáculos Royal Albert Hall.
        Dedico essa crônica à Lila, quando o cardiologista lhe disse “seu marido te ama muito” temos que levar a sério, é ele que cuida do seu coração!

Referência: 91.a coluna publicada no Verdade, jornal de Franca - SP - em 07/03/2020 - (DV-91)




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