quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Grupo Novo fez de Mauricio um prefeito

GRUPO NOVO, A HISTÓRIA Só poderia dar certo, com idealistas e inteligentes personalidades, como Mauricio S. Ribeiro, Ary Balieiro, Roberto Engler e mais 37 companheiros. Mas foi surpreendente.


 
        Corria o ano de 1.976. Jovens se reuniram para tentar formar um grupo que disputasse as eleições para Prefeito e Vereadores. A tese era renovar a política francana. Era preciso mudar. Várias reuniões e não se chegava a um consenso: quem seria o candidato a Prefeito ? A chapa de Vereadores era mais fácil compor. Nos últimos dias, antes do prazo final , tempo correndo, o prof. Wanderley Mancini disse que buscaria seu cunhado. Mas quem era ele ? 
        O bancário do Banespa, Mauricio Sandoval Ribeiro. Chamado, surpreso, ele disse que somente aceitaria se não houvesse outro nome. Dito e feito. Mas fez uma ressalva, vamos plantar uma semente para o futuro. Chiachiri Filho foi escolhido como vice. Outros nomes fortes só aceitaram concorrer como Vereador e foram eleitos, Ary Pedro Balieiro e Roberto Carvalho Engler Pinto, por exemplo. 
        Vieram as eleições. Nomes fortes concorriam, como dr. Onofre de Paula Trajano e o médico Aníbal Vilella Moreira. Foram seis candidatos. Na primeira pesquisa o resultado foi bombástico: Aníbal em primeiro lugar, Mauricio em último. Alguns do Grupo Novo, como passou a ser chamada a chapa dos rapazes, chegaram a sugerir, não temos chances, vamos desistir de concorrer... Mas esse argumento nunca prevaleceu. Seguia a campanha, novas pesquisas, 
        Mauricio sempre em último lugar, dr. Aníbal Vilela Moreira em primeiro.
Clemente, um experiente senhor, aposentado, gostava muito de política. E de apostas. Naquele tempo não era proibido. Pois ele provocava e repetia para quem quisesse ouvir, na praça Barão : Dr. Aníbal não vence a eleição e dr. Onofre ficará em quarto lugar, dava a sentença, peremptória. Isso era impossível, segundo alguns, que aceitaram a aposta. E Clemente ganhou várias, consta até que comprou uma casa no centro com o saldo que conseguiu. 
        Resultado final: Mauricio em primeiro, eleito, dr. Aníbal em segundo e dr. Onofre em quarto lugar, como previa Clemente.
Veio a posse em 1.o de janeiro de 1.977 e novas surpresas. Um dos integrantes do         Grupo Novo chegou a sugerir a renúncia total dos eleitos. A resposta foi imediata, você renuncia, nós não. Esse provável assessor nunca foi nomeado. E o Grupo Novo estava marcado talvez pelo destino a cumprir papel relevante na política. Anos seguintes os vereadores do Grupo Novo dr. Ary Balieiro e Roberto Engler foram eleitos. 
        Ary para a Prefeitura, depois reeleito para o segundo mandato, engenheiro e arquiteto por formação, sempre bem sucedido.  Engler foi eleito deputado, hoje já no oitavo mandato seguido, um recordista. Políticos do bem, como se define hoje, Mauricio é sempre lembrado pela honestidade e honradez, não levou uma caneta bic para casa. Passados agora 46 anos daquele feito, fica a pergunta: uma renovação como aquela de 1.976 algum dia se repetirá? 
Com a palavra os idealistas, políticos e jovens da Franca de hoje. 

Crônica Publicada em 8 de janeiro de 2022 

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