sábado, 19 de março de 2022

Oscar Kellner Neto, a inspiração na Serra da Canastra

Ele fez o caminho inverso, foi de Franca para Minas Gerais. Preferiu as cavalgadas entre as 137 cachoeiras de Delfinópolis e a Serra da Canastra, que certamente lhe dão inspiração.


        Aqui um pouco sobre a vida e as atividades do escritor, autor de poemas, contos e poesias. Mudou-se de Franca ainda jovem, mas certamente seus amigos e admiradores gostarão de lembrar seu nome.

Oscar Kellner Neto

        Oscar Kellner Neto é natural de Franca, nasceu em 1.949, casado, pai de dois filhos, avô de três netos. Vive em Delfinópolis/ MG, entre serras, cachoeiras e lagos, desde 1975. Arte-Educador, Professor de Gramática e Redação, Técnico em Contabilidade e Ad- vogado atuante, Kellner também se dedica à pintura e à escultura, áreas artísticas em que sempre logrou êxito. Nas horas vagas, cuida de terras, gado, peixe e gente. Gosta de sumir pelos vãos da Serra da Canastra, onde cavalga, conversa, joga truco, sonda falares, respira cores e transpira poesia.

        O Autor, míope, curioso e astigmático, começou a escrever em 1963. Seus primeiros versos foram para a musa eterna, hoje sua esposa, Maria Alcina. Sempre colaborando em suplementos literários de vários jornais com seus textos poéticos, foi premiado na 1.a Semana de Arte Moderna de Franca, em 1966, com o poema Beatniks. Em 1967, seu poema Do Mágico e seu aprendiz, recebeu o 1.o lugar em outro concurso francano. Publicou seu primeiro livro de poesias em 1968: CANTO DE BUSCA, em edição mimeografada e com lançamento nacional. Em abril de 1969 datilografou, compôs e lançou seu segundo livro, MURAL, com poesias concretistas, em pequena tiragem, por sua editora “Dedos do Autor”.

        Seu poema-processo RELÓGICAS, elaborado a partir de carimbos confeccionados com peças de relógio, em parceria com Antônio de Pádua Primon recebeu o 1.o Prêmio no Concurso Nacional Souzandrade, em Divinópolis(MG), em junho de 1969.

        Nesse ano, o de seu casamento, o Autor recebeu da imprensa francana o título de Intelectual do Ano. Desde então, vinha organizando seu livro-objeto, de poemas-processo, FLASH, editado em 2010 pela Editora Clube de Autores.

        A partir de 1970, Kellner passou a coletar seus contos e a divulgar seus textos em prosa, colaborando em jornais, suplementos e páginas literárias de toda parte e participando de algumas antologias nacionais e de fora.

        Em 1975 lançou cópias de seu texto concretista FOSSAPOGEU - (epistolas aos coivarenses - textos do hospício) - de circulação restrita. Em 1977 divulgou seu primeiro romance: O CRIME PERFEITO DE SEZOGLA SUEM, em pequena edição oferecida à crítica do círculo de amigos-leitores fiéis. Participou, em 1979, com o conto O Espetáculo, da antologia A PRESENÇA DO CONTO, organizada pela Editora do Escritor, de São Paulo.

        Seu primeiro livro de contos O OUTRO LADO DE COIVARAS : O MUNDO foi publicado pela Editora Pirata, de Recife, em 1984. A revista Globo Rural publicou seu conto Pazsarinha, sob o título “O touro Charuto” em sua edição do mês de setembro de 1994. Em 2009, em comemoração ao seu 60o aniversário, Kellner relança a obra MURAL em conjunto com FOSSAPOGEU, na obra poética MURAL & FOS- SAPOGEU, pela Editora Clube de Autores, de São Paulo.

        Ainda em 2009, pela mesma editora, lança o livro de contos O JUIZ E OUTROS CONTOS, o romance O REINO DE COIVARAS e a novela TOCAIAS E DUELOS. Também em 2009, pela mesma editora paulista, lança a obra COIVARAS (cantos), onde reuniu os trabalhos O JUIZ E OUTROS CONTOS – contos -, ROSALDA GENTIL - romance – e TOCAIAS E DUELOS – novela. 

        Neste mesmo ano, pela Editora Clube de Autores, relançou o livro O CRIME PERFEITO DE SEZOGLA SUEM, e, pela Editora Clube de Autores, lançou o volume de versos O LIVRO DA VISITAÇÃO. No final de 2009, em regozijo pelo jubileu de diamante de seu nascimento, Kellner lança pela Editora Casa do Novo Autor, de São Paulo (SP) o livro FAZENDA INTERIOR. Lançou O QUILOMBO DE PALMIRA (mini contos) no findar de 2010 pela Editora Clube de Autores, de São Paulo.

        Veio a lume pela mesma Editora, também em 2010, seu livro-objeto, de poemas-processo, FLASH. Em seguida, lançou seu livro de trovas PEQUENO CANTO DA TERRA, ilustrado por Odilon José Rosa. No final de 2010, Kellner lança pela Editora Clube de Autores, de São Paulo(SP) o livro FAZENDA INTERIOR, agora em segunda edição.

        Em março de 2010 Kellner lança pela Editora Clube de Autores, o livro-conto OS AMARRADORES DE PATAS. Em dezembro lança seu volume de mini-contos, O QUILOMBO DE PALMIRA pela Editora Clube de Autores.

        Em julho de 2011 Kellner lança pela Editora Clube deAutores, a segunda edição, agora ilustrada, do livro-conto OS AMARRADORES DE PATAS. No segundo semestre de 2013 Kellner lança pela Edi- tora Clube de Autores, o livro KALEIDOSCÓPIO, colorido, reunindo poemas-processo, na técnica de gravuras digitais, em formato e papel especial. Dada a receptividade da obra, logo em seguida lança KALEIDOSCÓPIO 2, pela mesma Editora, no mesmo padrão.

        Em novembro de 2013, Kellner lança pela Editora Clube de Autores, o livro de poemas RE- CANTOS DA VIDA, reunindo alguns poemas de seu primeiro livro mimeografado, CANTO DE BUSCA, alguns textos poéticos do livro O QUILOMBO DE PALMIRA e poemas escritos durante toda a sua vida.

        Ainda em novembro de 2013, lança pela Editora Clube de Autores, os livros SIGNUS e BOREAL, coloridos, ambos reunindo gravuras digitais, em primorosas edições em formato quadrado e papel especial.

        Está relançando pela Editora Clube de Autores os contos que marcaram sua estreia na literatura nacional: “O OUTRO LADO DE COIVARAS: O MUNDO”, agora em segunda edição revista e ampliada, incluindo fortuna crítica. Ainda em Dezembro de 2013, lança pela Editora Clube de Autores, o livro FACTUM, colo- rido, reunindo gravuras digitais, em primorosa edição em formato quadrado e papel especial.

        Publicou nas letras jurídicas, a monografia A CAUSA CURIANA, no campo do Direito Romano.

        Permanecem inéditos, O PROCESSO CAUTELAR E A COISA JULGADA, monografia na área do Direito Cautelar e, na área do Direito Penal, desenvolveu trabalho em parceria com Juliano Quireza Pereira e Lúcio Augusto Malagoli tratando do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.

        Kellner também se dedica às artes plásticas e à fotografia. Proclama a volta à Natureza. Prepara um reino de pedra, água e sol: Coivaras.

        Seu trabalho, sua vida, sempre com marcas expressivas, representam orgulho para sua cidade natal, seus amigos e admiradores. Mas na verdade Franca deve a Oscar Kellner Neto o reconhecimento público e quem sabe uma homenagem especial no calendário cultural. Sempre haverá tempo.

Crônica Publicada em 19 de março de 2022 

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