No compasso da folia, falamos hoje do Carnaval, festa que, feita com inteligência, pode ser prazerosa, é como o futebol, no fundo no fundo todo mundo gosta, só não pode ter briga, ofensa e rivalidades desmedidas. O período é mesmo um feriadão, utilizado como tal… feriadão! Pode até dar uma passadinha pela tevê, uma olhada nos desfiles, mas fica só por aí. A covid conseguiu cancela-lo, ou transferi-lo, e olha que, para parar uma festa dessa no Brasil tem que ser grave.
sábado, 26 de fevereiro de 2022
O Carnaval em Franca no século passado
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
Agostinho Galgani e a Imperador, 50 anos!
RÁDIO E TV IMPERADOR Há 50 anos o empresário Agostinho Galgani Silva montou a Rádio Imperador e depois a tv com o mesmo nome
Gerado Pelotão e seu compadre
A Franca, capital dos calçados, dos diamantes, do basquete, terra do melhor da café do mundo, tinha também pessoas simples e especiais
A vida era assim, simples, na cidade que acolhia a todos que chegavam para trabalhar geralmente nas indústrias de calçados ou nas lavouras de café. Eram aproximadamente 120.000 habitantes, não existia parque Vicente Leporacce nem jardim Aeroporto de hoje.
Essa gente simples fez da Franca uma cidade admirada e de grande conceito, com a marca de gente do trabalho. Havia também outras personalidades que circulavam pelas praças do centro, como Maria Capotinha, Luzia, Sissiá e Toinzinho Pulim, também deficientes.
Geralmente todas pessoas gostavam deles, ofereciam um café, um lanche, ou um paletó, pois fazia muito frio, um ambiente amistoso e acolhedor. O compositor e cantor Romualdo Carloni, um dia escreveu uma composição dedicada a Geraldo, "Eu sou da Franca, Sim Senhor, sou daqui e não vou negar, a praça principal é a Barão, o dia começa na contramão, estou falando do Geraldo, o Pelotão". Hoje tudo mudou, a cidade tem mais de 360.000 habitantes, continua sendo reconhecida. Mas o ritmo da vida atual provocou grandes alterações, aquelas pessoas simples pertencem ao passado já distante, de lembranças.
Grupo Novo fez de Mauricio um prefeito
GRUPO NOVO, A HISTÓRIA Só poderia dar certo, com idealistas e inteligentes personalidades, como Mauricio S. Ribeiro, Ary Balieiro, Roberto Engler e mais 37 companheiros. Mas foi surpreendente.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
Wilson Sábio de Mello e a importância de Delfin Neto
A primeira exportação da Samello foi motivada pelo ministro Delfim Neto. A indústria da cidade chegou a empregar 29.000 trabalhadores e formou centenas, senão milhares, de profissionais
Nos primeiros anos da década de 70 um Ministro e um Industrial mostravam ao Brasil o que é iniciativa e capacidade de trabalho. Antônio Delfin Neto dirigia o Ministério da Economia. Convidou o diretor da Samello, de Franca, Wilson Sábio de Mello, para uma viagem aos Estados Unidos. Naquele país o Ministro disse a um dos maiores lojistas americanos: Meu Amigo industrial brasileiro sabe fabricar isto aqui. Wilson levava em mãos quatro pares de sapatos fabricados em sua indústria, em Franca. Foi o primeiro contato e logo o primeiro negócio. Mais de 30 anos depois Wilson Samello declarou em reportagem especial a este repórter, publicada no jornal Estadão. "Foram muitos e muitos negócios. Nunca mais deixamos de ter contato".
Na foto ao lado de um dos mais importantes homens de marketing do calçado no Brasil, Getúlio Alberto de Oliveira, o industrial Wilson Sábio de Melo, lembrou passagens interessantes. "Foi um tempo de amizade, consideração, de parceria e bons negócios. Quando o lojista americano tinha um problema de vendas, me telefonava e dizia "mande pelo menos 10 mil pares de calçados e eu lhe pago na primeira oportunidade". Para Wilson Samello era uma via de mão dupla, quando ocorria uma crise econômica ano no Brasil, ele ligava para o americano dizendo "vou lhe mandar alguns milhares de pares de calçados e você me paga na primeira ocasião".
Outros tempos para a indústria de calçados e para o País. Hoje tudo é diferente. Mas o capitão da indústria de Franca será sempre lembrado como um homem de visão, cuja capacidade de trabalho envolvia talvez as melhores equipes de gerentes e funcionários, na Samello.
O sr. Hugo Bettarello, diretor da Agabê, certa vez disse que os maiores e mais experientes industriais das fábricas de calçados de Franca passaram pela Samello, e lá aprenderam muito, desde os tempos de Miguel Sábio e Mello, pai do sr. Wilson. Época de ouro, quando Franca era chamada e reconhecida como a capital do calçado no Brasil. A indústria da cidade chegou a empregar 29.000 trabalhadores e formou centenas, senão milhares, de profissionais. Muitos montaram fábricas de pequeno e médio porte, fabricando para o mercado interno enquanto as maiores exportavam a produção. Hoje grande parte é terceirizado e a realidade totalmente diferente.
Crônica Publicada em 24 de julho de 2021 |
sábado, 5 de fevereiro de 2022
João Penha, o professor!
Escrever sobre quem foi o professor João Alves Pereira Penha é um desafio, mas antes uma grande emoção.
Um gigante na pele de menino, assim o definiu a Doutora Maria Flávia, uma das 9 Marias da vida do professor João Penha, a esposa e 8 filhas com o nome de Maria. Ele era muito religioso, Mariano, deu o nome às Filhas também por conta do nome da esposa Maria Aparecida Figueiredo Pereira, titular da Unesp de Franca. Suas paixões na vida foram o Direito e a Língua Portuguesa. Mas antes de relatar estes nobres detalhes, é preciso dizer algo a respeito das 8 Marias, todas graduadas. Maria Virginia de Figueiredo Pereira do Couto Rosa, Procuradora Institucional das Faculdades Campos Elíseos: Maria Beatriz de Figueiredo Pereira Alves Taveira, Sócia proprietária da Wizard ; Maria Helena de Figueiredo Pereira Prado. musicista e proprietária do Quintal do Poeta ; Maria Cristina de Figueiredo Pereira Rodrigues Alves, Funcionária da CEF ; Maria Ângela de Figueiredo Pereira, comerciante aposentada ; Maria Amália de Figueiredo Pereira Alvarenga, Advogada e Docente da Unesp de Franca ; Maria Paula de Figueiredo Pereira Nascimento, Odontóloga e proprietária da Clínica Função e Arte e dra. Maria Flávia de Figueiredo Pereira, Docente do programa de Pós-Graduação em Linguística da Unifran, todas elas na foto ao lado da Mãe.
Crônica Publicada em 27 de novembro de 2021 |
Professores do CEDE Foto original de Regnério Terra, colonizada por Marcelo Fradin |
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022
Laércio de Franca, da orquestra, um dos maiores Embaixadores de Franca!
A história de Laércio de Franca é muito singela. Antes, é extraordinária, e merece ser aqui lembrada . Sua Orquestra foi classificada como uma das maiores do Estado de São Paulo, reconhecida e admirada por músicos e pelos fãs por onde passava. E digo Embaixador porque o nome da cidade que ele adotou era levado por onde passava. Bailes de formatura, comemorações e eventos importantes, Laércio Piovesan era sempre requisitado.
E o nome Laércio de Franca o acompanhava, em todas ocasiões. Ele faleceu há quase 4 anos, depois de receber do SESC uma homenagem no teatro municipal.
Franca sempre foi lembrada como a terra do Relógio do sol, da antiga Mogiana, dos calçados e do basquete, mas a expressão maior sempre foi Laércio de Franca.
Por ser ele uma figura individual, que venceu incontáveis barreiras até formar sua Orquestra.Marco Antônio Russi foi talvez o maior pesquisador sobre a figura ímpar de Laércio. Em seus relatos, Russi lembra que já em 1.939, ao lado do pai Manoel Piovesan, com apenas 7 anos, Laércio tocava na Banda de Caconde.
Pouco depois já estava no Rio de Janeiro, na rádio Nacional, até que veio para Franca, onde logo foi integrar a Orquestra dos músicos Adalberto Lucas, Raul de Barros e Godofredo e Barros, o maestro Godinho.
Voltou para o Rio de Janeiro, tinha sonhos, tocou na orquestra do Maestro Chiquinho e pouco após na orquestra de Ary Barroso. Era uma realização pessoal.
Até que resolveu voltar em definitivo para Franca, a convite do maestro Emilio Sichierolli. Tudo isso até fins de 1.958, quando nasceu a orquestra Laércio de Franca.
A AEC era o palco perfeito para as brilhantes e concorridas apresentações. Em Franca e por todo o interior e em outros Estados, foram mais de 2.500 bailes, com aproximadamente 200 músicos participando da Orquestra ao longo do tempo. Em 1.962 surgiu a oportunidade de gravar um Long Play, o LP da época.
A última apresentação de Laércio de Franca aconteceu no ano de 1.980, na cidade de Guaxupé, MG. Laércio, sua imagem, suas belas músicas podem ser vista e ouvidas em algum registro, como Moonlight Serenade, no youtube há 7 anos.
Teclado e Trompete eram suas especialidades. Dezenas de colaboradores participaram de muitas iniciativas ao lado de Laércio, como Luiz Justino, baterista que além de ter vivido a experiência de tocar em alguns carnavais, lembra que teve a oportunidade de levar ao maestro vários músicos que tiveram presença marcante a cada tempo. A lembrança do nome de Laércio de Franca pelo jornal Verdade de hoje, é um reconhecimento a tão brilhante personalidade.
Crônica Publicada em 30 de outubro de 2021 |